27 de setembro de 2010

Atualização final feita por todos os integrantes do grupo !

Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto




A Central, situada no município de Angra dos Reis, foi assim denominada em justa homenagem ao pesquisador pioneiro da tecnologia nuclear no Brasil e principal articulador de uma política nacional para o setor. Embora a construção da primeira usina tenha sido sua inspiração, o Almirante, nascido em 1889, não chegou a ver Angra 1 gerando energia, pois faleceu em 1976. Mas sua obra persiste na competência e capacitação dos técnicos que fazem o Brasil ter hoje usinas nucleares classificadas entre as mais eficientes do planeta. Atualmente estão em operação as usinas Angra 1- com capacidade para geração de 657 megawatts elétricos, e Angra 2 - de 1350 megawatts elétricos. Angra 3, que será praticamente uma réplica de Angra 2 (incorporando os avanços tecnológicos ocorridos desde a construção desta usina), está prevista para gerar 1405 megawatts.


Angra 1



A primeira usina nuclear brasileira opera com um reator do tipo PWR (água pressurizada), que é o mais utilizado no mundo. Desde 1985, quando entrou em operação comercial, Angra 1 gera energia suficiente para suprir uma capital como Vitória ou Florianópolis, com 1 milhão de habitantes.
Esta primeira usina nuclear foi adquirida sob a forma de “turn key”, como um pacote fechado, que não previa transferência de tecnologia por parte dos fornecedores.
No entanto, a experiência acumulada pela Eletrobras Eletronuclear em todos esses anos de operação comercial, com indicadores de eficiência que superam o de muitas usinas similares, permite que a empresa tenha, hoje, a capacidade de realizar um programa contínuo de melhoria tecnológica e incorporar os mais recentes avanços da indústria nuclear. Como, por exemplo, realizar a troca de dois dos principais equipamentos de Angra 1, os geradores de vapor. Com esses novos equipamentos, a vida útil de Angra 1 se prolongará e a usina estará apta a gerar mais energia para o Brasil.
Angra 2
Fruto de um acordo nuclear Brasil-Alemanha, a construção e a operação de Angra 2 ocorreram conjuntamente à transferência de tecnologia para o país, o que levou também o Brasil a um desenvolvimento tecnológico próprio, do qual resultou o domínio sobre praticamente todas as etapas de fabricação do combustível nuclear. Desse modo, a Eletrobrás Eletronuclear e a indústria nuclear nacional reúnem, hoje, profissionais qualificados e sintonizados com o estado da arte do setor.
Angra 2 opera com um reator tipo PWR (Pressurizer Water Reactor, i.e., reator à água pressurizada) e sua potência nominal é de 1350 MW.
Angra 2, sozinha, poderia atender ao consumo de uma região metropolitana do tamanho de Curitiba, com dois milhões de habitantes. Como tem o maior gerador elétrico do hemisfério Sul, Angra 2 contribui decisiva mente com sua energia para que os reservatórios de água que abastecem as hidrelétricas sejam mantidos em níveis que não comprometam o fornecimento de eletricidade da região economicamente mais importante do país, o Sudeste. 

Angra 3
Angra 3 será a terceira usina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, localizado na praia de Itaorna, município de Angra dos Reis (RJ).
A nova usina terá uma potência bruta elétrica de 1.405 MWe, podendo gerar cerca de 10,9 milões de MWh por ano - energia equivalente a um terço do consumo do Estado do Rio de Janeiro – e será similar a Angra 2, em operação há cerca de 8 anos.
Por conta dessa semelhança, grande.parte do projeto de engenharia a ser utilizado na nova usina está pronta. Além disso, a experiência com a construção e montagem de Angra 2 demonstrou a significativa capacidade técnica das empresas nacionais em atuar nesse segmento. Uma parcela considerável dos equipamentos importados já foi adquirida, notadamente os componentes mecãnicos de grande porte.
Uma vez retomada a obra, o prazo estimado para a conclusão de Angra 3 é de 5,5 anos, com início na concretagem das fundações do edifício do reator Além das obras civis, sua implantação inclui a montagem eletromecânica, o comissionamento de equipamentos e sistemas e os testes operacionais.
O empreendimento Angra 3 apresenta, hoje, um progresso físico de cerca de 30%. Serão necessários investimentos adicionais de R$ 8,56 bilhôes (base dezembro de 2008), sendo que 70% dos gastos serã realizados no mercado nacional e apenas 30% no exterior.
O local definido para a implantação de Angra tem sido monitorado desde a década de 70 por meio de diversos estudos e programas ambientais, seguindo as principais normas e diretrizes estabelecidas pelos órgãos reguladores e fiscalizadores competentes.

NOVAS CENTRAIS

Em julho de 2008, o Governo Federal criou o Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro. A função do Comitê é fixar diretrizes e metas para o desenvolvimento do Programa e supervisionar sua execução.
Em agosto do mesmo ano, Othon Luiz Pinheiro da Silva, secretário-executivo do Comitê e presidente da Eletrobras Eletronuclear, apresentou ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, os objetivos e metas definidos pelo grupo.
Na área de geração elétrica, para atender ao Plano Decenal de Energia (PDE 2007/2016), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) vinculada ao Ministério de Minas e Energia, a Usina Angra 3, com capacidade de produzir 1.405 MWe, deverá entrar em operação em maio de 2015, concluindo assim a implantação da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
Já o Plano Nacional de Energia (PNE 2030) que subsidia o Governo na formulação de sua estratégia para a expansão da oferta de energia até 2030 aponta a necessidade de o sistema elétrico brasileiro ter mais 4.000 MWe de origem nuclear até 2025.
O Comitê, então, apresentou ao Presidente Lula a proposta de construção de mais quatro usinas nucleares com capacidade de 1.000 MW cada, sendo duas no Nordeste e outras duas no Sudeste. Conforme a evolução futura da necessidade de expansão da oferta de eletricidade existe a possibilidade do acréscimo de mais duas usinas (2.000 MW) adicionais.
Energia Nuclear
A energia nuclear é proveniente da fissão do urânio em reator nuclear. Apesarda complexidade de uma usina nuclear, seu princípio de funcionamento é similar ao deuma termelétrica convencional, onde o calor gerado pela queima de um combustívelproduz vapor, que aciona uma turbina, acoplada a um gerador de corrente elétrica. Nausina nuclear, o calor é produzido pela fissão do urânio no reator, cujo sistema maisempregado (PWR – Pressurized Water Reactor) é constituído por três circuitos, asaber: primário, secundário e de refrigeração. No primeiro, a água é aquecida a umatemperatura de aproximadamente 320°C, sob uma pressão de 157 atmosferas. Emseguida, essa água passa por tubulações e vai até o gerador de vapor, onde vaporiza aágua do circuito secundário, sem que haja contato físico entre os dois circuitos. Ovapor gerado aciona uma turbina, que movimenta o gerador e produz corrente elétrica.No final dos anos 1960, o Governo Brasileiro decidiu ingressar na geraçãotermonuclear, visando a conhecer melhor essa tecnologia e a adquirir experiênciaspara um futuro supostamente promissor da opção nuclear, a exemplo do que ocorriaem vários outros países. Na época, cogitava-se a necessidade de complementaçãotérmica para o suprimento de eletricidade no Rio de Janeiro. Decidiu-se, então, queessa complementação ocorresse por meio da construção de uma usina nuclear(AngraI), com capacidade nominal da ordem de 600 MW, na cidade de Angra dos Reis – RJ.Posteriormente, foi assinado com a República Federal da Alemanha o Acordo deCooperação para o Uso Pacífico da Energia Nuclear e assim feita à aquisição das usinasde Angra II e Angra III.No Brasil, 3% do total de energia produzida têm origem nuclear. Entretanto,AngraI e AngraII já são responsáveis pelo abastecimento elétrico de 50% do estado do Rio de Janeiro.