13 de junho de 2010

Sul e CO também poderão receber usinas nucleares

Eletronuclear está ampliando estudo dos locais que poderão receber usinas. Previsão inicial é de construção de uma a duas unidades no NE e no SE !


As regiões Centro-Oeste e Sul do país também poderão vir a receber centrais nucleares de geração de energia elétrica, afirmou nesta segunda-feira (7) o presidente da Eletronuclear, Othon Pinheiro.

Segundo ele, a empresa está ampliando, a pedido do Ministério de Minas e Energia (MME), os estudos dos locais que receberão usinas. O Plano Nacional de Energia prevê a construção de quatro a oito usinas nucleares até 2030.

A previsão inicial é de construção de uma a duas unidades no Nordeste e no Sudeste do país. Cada unidade terá capacidade para se tornar uma central nuclear, com até seis usinas de capacidade de 1 mil a 1,2 mil megawatts, cada.

Os estudos, feitos em parceria com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), para que o Ministério escolha o local que abrigará a usina no Nordeste, será entregue pela Eletronuclear dentro de três meses. Serão enviadas cinco possibilidades diferentes dentro de cada estado escolhido: Sergipe, Alagoas, Bahia e Pernambuco.

A escolha, segundo Pinheiro, deverá ser feita pelo MME e submetida ao Congresso de acordo com a necessidade social do local. "A construção de uma usina nuclear é um vetor de desenvolvimento", disse, após participar da 33ª Conferência da Associação Internacional para a Economia da Energia, no Rio de Janeiro.

Para ele, o que vai ditar a necessidade do número de unidades até 2030 será o ritmo de crescimento do país. Se o avanço ficar em torno de 3% a 3,5% por ano, a construção de quatro unidades deverá ser suficiente para suprir a demanda. Mas se o Brasil crescer a um ritmo em torno de 4,5% a 5% anuais, serão necessárias mais oito usinas nucleares, além das três de Angra.

Como o Rio de Janeiro já vai abrigar três usinas, com a construção da terceira unidade - cuja licença definitiva para construção foi concedida pela Comissão de Energia Nuclear (Cnen) na semana passada -, o estado estaria automaticamente descartado para abrigar a nova central do Sudeste.

"O Rio tende a estar fora. Já São Paulo é tecnicamente uma boa opção do ponto de vista do sistema, porque é um centro de consumo", disse Pinheiro. Os estudos, que apresentarão ao ministério os locais do Sudeste, onde poderá abrigar uma unidade, serão entregues até o final de 2011, ou no início de 2012.

Com a entrega dos estudos do Nordeste em três meses e a do Sudeste em pouco mais de um ano, a próxima central nuclear "vai ter que sair seguramente nos próximos dois anos, e a outra, em quatro anos". "Ninguém no mundo, entre decidir e fazer efetivamente, levou menos de 10 anos", disse o presidente da Eletronuclear.

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